da caverna viva
do meu peito
irrompe um grito
animalesco
que se faz sentir
na distancia ilusória
dos espaços siderais
"Caminhava eu com dois amigos pela
estrada, então o sol pôs-se; de repente, o céu tornou-se vermelho como o
sangue. Parei, apoiei-me no muro, inexplicavelmente cansado. Línguas de
fogo e sangue estendiam-se sobre o fiorde preto-azulado. Os meus amigos
continuaram a andar, enquanto eu ficava para trás tremendo de medo e
senti o grito enorme, infinito, da natureza."
Edvard Munch
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