Tracei um círculo por sobre a terra.
Era uma estranha, mística forma
Onde eu pensei que, muitos, houvera
Símbolos mudos que a mudança enforma
E da Lei, fórmulas complicadas
Que, do ventre da Mudança, são estradas.
Era uma estranha, mística forma
Onde eu pensei que, muitos, houvera
Símbolos mudos que a mudança enforma
E da Lei, fórmulas complicadas
Que, do ventre da Mudança, são estradas.
Meu simples pensar em vão quis parado
O correr desta loucura à revelia,
Mas meu pensamento está condenado
Ao símbolo e à analogia:
Julguei que um círculo encerrasse inteiro
Em calma, a violência do mistério.
O correr desta loucura à revelia,
Mas meu pensamento está condenado
Ao símbolo e à analogia:
Julguei que um círculo encerrasse inteiro
Em calma, a violência do mistério.
E assim, em cabalístico jeito,
Ali tracei um círculo, curioso;
O círculo traçado era imperfeito
Embora em sua forma, cuidadoso.
Profundamente, da magia ao falhar,
Lição tirei que me fez suspirar.
Ali tracei um círculo, curioso;
O círculo traçado era imperfeito
Embora em sua forma, cuidadoso.
Profundamente, da magia ao falhar,
Lição tirei que me fez suspirar.
[Alexander Search]
Para quem não sabe, Alexander Search é um heterónimo de Fernando Pessoa. O original foi escrito na língua inglesa, aos 16 anos de idade.
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